Movimentos sociais planejam mobilização em 2025 por mais contratações do Minha Casa Minha Vida






O programa Minha Casa Minha Vida, uma das principais políticas públicas habitacionais do Brasil, segue com contratação e construção de novas unidades. A meta do governo federal é de 2 milhões de unidades até 2026. Entretanto, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou que, com o ritmo atual, a meta inicial de 2 milhões de unidades por ser ultrapassada, alcançando números ainda mais expressivos.

“Acreditamos que podemos chegar a 2,3 milhões”, afirmou Jader Barbalho Filho, destacando a importância do programa para a construção civil e a redução do déficit habitacional no Brasil, que ainda se mantém entre 6 e 7 milhões de unidades.

Apesar dos números otimistas, o programa enfrenta desafios, especialmente em relação ao impacto de possíveis cortes orçamentários. “Entendemos que as contas do ministério estão ajustadas. No nosso entender, não há hoje dentro do Ministério das Cidades, nada que possa ser cortado para ajustar as contas públicas. Mas acho que nós, como governo, temos de estar unidos no processo de sinalizar para o Brasil que o governo do presidente Lula tem responsabilidade com o orçamento fiscal”, disse o ministro.

Para Benedito Barbosa, o Dito, coordenador estadual da Central de Movimentos Populares de São Paulo, os desafios do programa Minha Casa Minha Vida são evidentes, principalmente para as famílias da faixa 1 do programa, que recebem até dois salários mínimos. Ele destaca que, apesar do avanço visível no mercado imobiliário, a contratação de empreendimentos para essa faixa de renda ainda é lenta.

“O movimento social está fazendo uma avaliação sobre e não vai ter alternativa. No início do ano, vamos voltar às ruas exigindo o avanço des contratações, inclusive para famílias da faixa 1, com até dois salários mínimos. Para as pessoas que dependem de recurso orçamentário, o processo de contratação ainda está muito baixo. A gente se sente ameaçado com cortes oriundos do ajuste fiscal, apesar do governo dizer que não haverá redução do orçamento para novas contratações. O ritmo é lento para quem ganha de 0 até dois salários mínimos”, afirmou Dito, ressaltando as preocupações do movimento social quanto ao andamento do programa.

Em um cenário de ajustes fiscais e desafios orçamentários, o programa Minha Casa Minha Vida se mantém como uma peça-chave na luta contra o déficit habitacional, mas a equação entre a necessidade de expansão e os limites orçamentários continua sendo um tema central no debate público.

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