Sintomas de dengue e síndromes aguda respiratória levam população a lotar a UPA 26 de Agosto em Itaquera






Prefeitura montou tenda para atender casos de dengue na unidade
O munícipe que procura atendimento na UPA 26 de Agosto na entrada da unidade visualiza poucas pessoas. Já no interior da unidade se depara com longas filas, o que representa horas de espera, desde a recepção para retirar fichas até passar pela triagem na sala de enfermagem.
A reclamação é geral para as pessoas que chegam de vários bairros da região leste e ficam por mais de 8 horas aguardando na UPA de Itaquera. Na unidade, foi instalada uma tenda para acolher quem apresenta os sintomas da dengue.
A paciente Giovanna, que estava acompanhada da amiga, tentava pela segunda vez atendimento em hospital na região leste e já desistia do atendimento, por conta da lotação da UPA, quando relatou o drama para passar pela urgência médica desde o período da manhã com os sintomas da dengue.
“Para começar, o Planalto negou meu atendimento, o Hospital Planalto, aí mandou eu vim pra cá. Tão negando atendimento falando que é só urgência, se eu vou para o hospital é é urgência pra mim, se não eu vou ficar em casa,aí eu chego aqui tá abarrotado de gente”.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 26 de Agosto, de Itaquera, inaugurou a tenda para pacientes com sintomas de dengue em 05 de fevereiro, a fim de atender a alta demanda.
A UPA de Itaquera está com funcionamento normal, com quadro completo de profissionais e atende de portas abertas, seguindo o protocolo de Manchester para classificação de risco, priorizando os casos mais graves, disse a pasta.
Itaquera entrou em estado de atenção como um dos bairros mais testados positivos de casos de dengue na cidade. Unidades de saúde da região lotam diariamente com pessoas que buscam teste após apresentarem os sintomas da doença como dor de cabeça, nas articulações e no corpo, febre, náusea e vômito.
A cidade de São Paulo já apresentava alerta epidemiológico para a doença desde janeiro. Com isso, o governo de São Paulo incluiu a capital paulista no decreto de emergência após a explosão de casos em várias cidades do estado.
A decisão do decreto foi tomada pelo COE (Centro de Operações de Emergências) de combate ao Aedes aegypti, da Secretaria Estadual de Saúde. Medida ocorre após o estado registrar 300 casos confirmados de dengue para cada 100 mil habitantes
A Secretaria Municipal de Saúde informou que já passou de 33 mortes e o número de pessoas infectadas pela dengue, na cidade, passa de 105 mil casos. O distrito com a maior alta na zona leste está no distrito de Itaquera, desde janeiro deste ano.
A secretaria ressaltou que todos os equipamentos municipais de saúde, como as UBS (Unidades Básicas de Saúde), AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), UPAs e Prontos-socorros estão devidamente preparadas para prestar atendimento a casos suspeitos de dengue.
Em 18 de março, A Prefeitura de São Paulo decretou estado de emergência para os casos de dengue. Com o decreto, a capital vai receber, do Ministério da Saúde, vacinas, recursos para o combate aos pontos de criadouros e apoio emergencial às vítimas infectadas pela doença.
Segundo o Ministério da Saúde, o público alvo a ser vacinado será de 10 a 14 anos em toda a cidade, entre outros 49 municípios do estado de SP que estão entre os selecionados para receber os imunizantes em abril, ainda sem um dia definido.
A pasta enfatiza que além do número alto de pessoas infectadas pela dengue, a UPA 26 de agosto, na triagem do diagnóstico do paciente como negativo para a dengue, realiza teste para covid.
De acordo com a gestão da UPA, casos de síndrome respiratória aguda grave como o vírus influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus que circulam e crescem, afetando crianças, jovens e adultos, também estão em alta, o que confunde os pacientes sobre ter dengue, covid ou gripe.


Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde
Imagens: Marcia Brasil

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