Comerciantes de Itaquera não acreditam que prefeitura vai resolver o problema das enchentes

Lojistas alegam que não houve indenização sobre prejuízos





Lojistas alegam que não houve indenização sobre prejuízos

O ponto mais conhecido pelas enchentes na zona leste traz nas lembranças traumas e prejuízos que comerciantes e moradores sofreram ao longo de décadas no centro de Itaquera, entre a avenida Campanella e a rua Padre Viegas de Menezes. As duas vias ficam ao lado do córrego Rio Verde, por não ter capacidade para conter as chuvas volumosas, transborda e invade as ruas e os imóveis.

Na região, os danos causados pelas fortes chuvas são rotina para quem trabalha, mora ou tem comércio. Para não perder mercadorias ou sofrer prejuízos, todos os imóveis possuem algum tipo de proteção, comportas como contenção de barreira ou o nível do solo do estabelecimento é elevado.
Como é a loja do Antônio, na galeria, que tem a contenção mais alta, e ainda não conteve a última enchente e estragou toda a mercadoria dos lojistas. Ele reclama que sua loja e dos outros já tiveram vários perdas e não foram indenizados “Rapaz aqui enche tudo. Cobre os carros, todo mundo tem que ir embora, ninguém fica aqui mais, fecha a loja, e ninguém paga, paga nada”.
O centro de Itaquera é a área com maiores índices registrados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), como uma das regiões mais castigadas pelas enchentes no verão.
O (CGE), órgão da prefeitura que monitora o clima e seus efeitos na capital paulista, informou que a cidade entrou em estado de atenção por conta da instabilidade  climática, desde o início do verão, 21 de dezembro, reflexo da combinação de calor e umidade.
De acordo com o CGE, há chance de chuva forte por causa da passagem de frentes frias que trazem mais umidade pelo litoral paulista e do excesso de calor que estará armazenado na região da capital paulista, combinação que propicia volumes acima da média em janeiro.
Os fortes temporais, mais frequentes nesta época de muito calor, provocaram a interdição de várias ruas por conta de alagamentos nas principais vias, o que atrapalha o trânsito e atrasa o transporte público, impedindo as pessoas de saírem de casa ou do trabalho.
Segundo o CGE, vários bairros foram atingidos pelo temporal, com queda de granizo e pontos de alagamentos. As rajadas de vento de até 100 km/h na cidade de SP derrubaram dezenas de árvores na capital.
As fortes tempestades assustam moradores da região leste, que temem, além de perderem tudo, o desmoronamento das casas nas encostas com as chuvas frequentes no período do verão até o mês de março, já que boa parte dos imóveis ficam em áreas de risco.
O estado de São Paulo terá pancadas típicas de calor, que ocorrem à tarde ou à noite e passagem de frentes frias. Mesmo assim, para a maioria das áreas do interior paulista, a previsão é que janeiro chova mais, por conta do efeito El Nino na altura da linha do Equador que aquece as águas do oceano pacífico e descontrola o clima no planeta.
A Subprefeitura de Itaquera informa que mantém as equipes de limpeza nas ruas, realiza obras de manutenção e desassoreamento dos córregos, e reforça o aviso sobre a importância do descarte correto do lixo e entulho nos ecopontos na região. De acordo com a gestão, durante o verão é intensificado o planejamento de contingência de catástrofes lançadas com a Defesa Civil. Outras medidas são as ações organizadas pela Secretaria das Subprefeituras de São Paulo (SMsub) e as obras do piscinão Rio Verde que estão em andamento que vai facilitar a drenagem das enchentes.


Para mais informações, acesse o Portal 156. Emergências ligue para a Defesa Civil no 199 ou Corpo de Bombeiro 193


Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Subprefeitura de Itaquera/ CGE/ INMET
Imagens: Márcia Brasil

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