Professores e servidores da rede municipal de São Paulo decidiram entrar em greve dia 14 de março por aumento salarial e melhores condições de trabalho






As assembleias realizadas pelo funcionalismo, no período de greve, determinaram pela permanência da paralisação das atividades nas repartições públicas do município e
também nas escolas municipais da Cidade de São Paulo.


Servidoras e servidores do município, em atos unificados, com os sindicatos dos professores, fórum de entidades juntamente ao Sindsep, realizaram assembleias de
Campanha Salarial, em frente à Prefeitura e na Câmara Municipal.


Os representantes das entidades que compõem o Fórum das Entidades foram recebidos pelo governo durante o ato. Enquanto isso, trabalhadores e trabalhadoras
realizavam falas, marcadas por vaias ao prefeito e com o grito: “Se não pagar, a gente vai parar”.


Além disso, trouxeram em suas falas as dificuldades enfrentadas pelos servidores e servidoras nos seus locais de trabalho, no serviço funerário com a privatização, e em
outros departamentos onde atuam os agentes de endemias, na educação com os profissionais de ensino e administrativo, também, com os aposentados e pensionistas
que sofrem com o confisco dos 14%.


A comissão de greve, ao retornar do encontro com o governo, anunciou que foram recebidos pela secretária adjunta da Secretaria de Gestão, que apenas ouviu as
reivindicações dos servidores e servidoras e informou que não tinha nada além dos 2,16% de reajuste linear como contraproposta.


A proposta da secretaria da gestão foi recebida sob protestos, em assembleia geral do funcionalismo em frente à Prefeitura. Com isso, os servidores decidiram pela rejeição de 2,16% do prefeito.


Servidores continuam paralisados para pressionar as reivindicações da Campanha Salarial, como a greve unificada que teve início a partir do dia 14 de março, por tempo
indeterminado.


Servidores acompanharam os comunicados das convocações pelos sindicatos que colocaram o funcionalismo, em frente à Câmara Municipal, para pressionar o prefeito e
vereadores que votaram na Câmara o PL 155.


Segundo entidades, os professores da rede municipal de ensino de São Paulo, mobilizados, iniciaram a greve para reivindicar aumento salarial e melhorias na
progressão de carreira, além de condições de trabalho mais adequadas.
De acordo com os sindicatos, cerca de 20% dos professores aderiram à greve. A rede municipal conta com aproximadamente 72 mil docentes, responsáveis por mais de 741 mil alunos. Jaelson, professor e supervisor de Diretoria de Ensino acompanhou com os colegas, que cruzaram os braços, em protesto às assembléias em frente a Câmara Municipal.


“Péssimo prefeito, em quase todos os sentidos. E dando também um péssimo modelo como gestor. Aumentou o salário recentemente em 49%, e para o servidor, ele quer dar 2,16 %,. Então, assim , vejam bem, não valoriza a carreira, quer flexibilizar a carreira.


Não valoriza as condições de trabalho, as escolas estão com necessidades. E não valoriza também o salário. Quer dar migalha para gente, algo que não repõe nem a
inflação do ano. Então, estamos aqui não é só por salário, estamos aqui por condições de trabalho. E por uma luta maior que a luta do povo, por cidadania, por direitos
sociais”.


Servidores reivindicam: reajuste salarial linear de 16%, concurso público para agente de endemias, biólogos(as) e veterinários(as), melhores condições de trabalho e saúde, garantia do pleno direito de férias, fim do confisco de 14% das(os) aposentadas(os) e pensionistas, concursos e nomeações de concursados e fim das terceirizações.


De acordo com as informações da Câmara Municipal, Nunes aprovou, em 1° votação, o PL 155 de reajuste de 2,16%, abono para o quadro da educação de 3,62% e correção do auxílio refeição e vale alimentação. Foram 38 vereadores favoráveis ao PL de Nunes, 15 contrários e 2 vereadores que não votaram.


Diante da rejeição ao PL 155, servidores decidiram pela permanência da greve, ficou acordado entre entidades sindicais e funcionalismo novas convocações, audiência
pública e novos ATOs /ASSEMBLEIA, em frente à Câmara Municipal, quando o PL 155 deve ir para segunda votação


Reportagem Márcia Brasil
Fonte: Câmara Municipal / SINDSEP/ SINPEEM / SEDIN /APROFEN
Imagens: Márcia Brasil e redes

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